Agemar investe em ferramentas sustentáveis na terra, céu e mar

Agemar investe em ferramentas sustentáveis na terra, céu e mar

A sustentabilidade tem ganhado cada vez mais espaço nas empresas, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte. Consolidar projetos que garantam o uso eficiente dos recursos naturais disponíveis, ajudem o planeta e melhorem o funcionamento dos negócios, nem sempre é uma tarefa fácil, mas as companhias têm se esforçado, e muitas tido êxito. A gigante pernambucana Agemar, holding considerada uma referência em infraestrutura e logística no Nordeste, decidiu mergulhar de cabeça nas práticas sustentáveis. Os projetos em curso foram apresentados durante a Análise Ceplan 2022.

Prestes a completar 40 anos de fundação, a Agemar se destaca pelo seu trabalho por terra, céu e mar. Recentemente foram investidos R $15 milhões na aquisição de um navio-tanque para aprimorar o transporte de combustíveis e outros insumos pela costa brasileira. O diferencial da embarcação é o seu sistema de fundo e costado duplos, que ajuda a mitigar os riscos ambientais durante a operação, diminuindo drasticamente as chances de vazamento de óleo no oceano, por exemplo.

A principal função no navio-tanque Santa Maria é levar querosene de aviação e outros combustíveis em segurança do Recife para o arquipélago de Fernando de Noronha, um dos principais pontos turísticos de Pernambuco na qual a empresa atua há 25 anos. “Somos a única empresa operando nessa rota com a certificação ISO 9001, o que garante a segurança e o cuidado que temos no transporte marítimo para evitar acidentes que possam prejudicar a fauna e flora marinha”, destaca Leonardo Cardoso Ayres, diretor comercial da Agemar.

Pelo ar, a holding, que já atua em 14 terminais aeroportuários do Brasil, deu mais um passo rumo à inovação, mas com um olhar para as práticas sustentáveis. Com o uso do Santa Maria foi possível aumentar a capacidade de combustível transportado para Noronha, já que a embarcação pode levar até 440 mil litros. A ampliação possibilitou a criação do Primeiro Posto de Abastecimento de Aeronaves (PPA) da ilha, parceria entre a Agemar e a empresa potiguar Revise Combustível. A iniciativa permitiu a criação de uma nova rota aérea, com voos diretos saindo de Congonhas, na cidade de São Paulo, para Noronha.

“Antes, os aviões precisavam passar pelo Recife ou outras capitais nordestinas para abastecer e seguir viagem para a ilha. Além de mais tempo para o passageiro, ainda se gastava mais combustível e, consequentemente, tínhamos mais poluição causada pelo transporte aéreo. Agora com o PPA já não temos esse problema” explica o diretor.

Em solo, a grande pegada ambiental da companhia é o reaproveitamento de containers, estruturas que ganham novos formatos e cores ao serem reutilizadas ao invés de descartadas na natureza. O uso das caixas metálicas para outros fins já é uma prática antiga, mas que ganhou força nos últimos anos. “A gente começou esse trabalho de reuso dos containers em 2003 e de lá para cá temos fechado muitas parcerias com restaurantes, lojas, lanchonetes, prefeituras e até shoppings, como é o caso do Shopping Recife que recentemente inaugurou um jardim gastronômico com a estrutura montada com esses equipamentos que não são mais utilizados nas nossas operações”, afirma Leonardo.

Só em 2021, a Agemar movimentou mais de 400 unidades de módulos e containers habitáveis. Para este ano está prevista a entrega de 20 containers para a prefeitura de Sirinhaém, no litoral sul de Pernambuco, que serão utilizados como quiosques de praia.

Para o futuro, as expectativas são de crescimento, alinhado sempre com o conceito da sustentabilidade. Entre os novos projetos está a ampliação do processo de cabotagem na costa brasileira, o que pode se reverter em mais ganhos para o meio ambiente. “Com o aumento das nossas operações de transporte de combustíveis pelo mar vamos diminuir e muito a dependência de caminhões nas estradas, permitindo menos emissões de gases e um processo logístico ainda mais eficiente e sustentável. Esperamos dar esse passo importante já nos próximos cinco anos”, completa Leonardo Cardoso Ayres.